quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Crónica # 1 -> Valores de uma amante da Arte de Vestir

Boa Noite Dears, 

Pois bem,

Eu considero me privilegiada. Não tenho nem medo, nem vergonha de assumir as minhas futilidades. Amo comprar e gastar, e é óbvio que se tivesse oportunidade de mais, assim seria, e também compreendo que estas minhas palavras afectem personalidades mais fracas, mas eu não entendo o porquê. 
Quer dizer, sejamos sinceros : Há alguém nesta vida que esteja completamente realizado com o que tem?
A resposta a esta pergunta é bem simples : Não. O «Povo» não está, nem estará nunca satisfeito com o que tem, quer seja muito para uns, ou pouco para outros. Somos seres humanos e há varias coisas que temos em comum, uma delas é essa mesmo, a de nunca conseguirmos atingir a felicidade somente com as coisas 'banais'.

Se a minha felicidade dependesse daquele par de sapatos que vi naquela montra, daquele estilista, absurdamente caros, eu não ousaria sequer olhar para a passadeira e tentar atravessar a estrada para me livrar daquelas maravilhosas solas; por e simplesmente, arranjaria mil e uma formas para os conseguir.
Não, não é nada disso que estão a pensar! Eu não estou a dizer que não olho a meios para atingir os meus fins, só estou a dizer que todos nós temos um pouco de tudo dentro de nós, e esse tudo inclui um ser Lutador. Ninguém me pediu opinião mas... Se não lutarem por aquele par de sapatos (que amanha poderá já não estar lá!), são sem duvida os seres mais altruístas e estúpidos que conheço.

Quem fala de sapatos (sim, porque isto ainda é um blog de moda, não se percam, please), fala de amor.
Quem fala de amor, fala de família, de trabalho, de estudo, de dedicação e afinco para atingir um objectivo.

Na verdade.. Não sou a melhor pessoa para vos falar de «afinco» , «dedicação» , blablabla. Perdi um ano da minha vida com indecisões parvas quando sabia exactamente o que devia fazer, mas enfim, eu fui aquela pessoa altruísta (falsa!) e estúpida ( verdadeiramente estúpida  corrijo! ) que vocês poderiam conhecer, mas graças àqueles que ainda me conseguem aturar (mesmo que por obrigação, ou pelo menos pela interferência dela ), hoje em dia sinto que me estou a realizar.

É. Não estou feliz porque não estou realizada, e tenho noção que nunca serei verdadeira e totalmente feliz ; se forem como eu (que são, por certo), vão ambicionar mais e mais e mais, e não vão conseguir largar as vossas vidas até que tudo se torne tão perfeito que poderão escrever um livro de coisas sem sentido que ninguém precisará de ler porque apenas a capa (tal como o vosso rosto) chegará para dizer a esta sociedade «Eu estou feliz! (por agora, penso)» .

Não se cansem porque esta minha crónica não é nada. 
Eu estou cansada daqueles comentários cliché da sociedade, «família, amigos, saúde  o resto que se dane!», é mentira, ninguém é suficientemente egoísta para pensar assim, admitam!

Não, parem de pensar (outra vez) mal de mim. 
Eu dava a vida por cada membro da minha família  faria qualquer coisa para ajudar um amigo e isso tudo se tiver permissão de saúde.
O que eu quero dizer é : A sociedade sabe o que é realmente importante para todos. Então e o que é importante para cada um?
Sou tão prática quanto isto : Tive uma relação (em tempos!!) com um rapazola bem girinho (enfim..), que é um louco e apaixonado por bmx (sim, aquelas coisas horríveis parecidas com triciclos sem sitio para por as nossas belas nádegas que passamos horas a tentar tonificar com vídeos parvos no youtube, ou então com duas a três idas ao ginásio por dia! ), e eu sempre entendi isso na perfeição e sempre relevei tanto aquela paixão dele como a que ele tinha por mim (sim, sim, sim, agora posso estar a mentir vos um pouco..), o que ele não entendia era porque é que eu sou tão apaixonada por maquilhagem e sapatos?! « Quer dizer, bmx, um desporto, ui, cuidado. Maquilhagem, o que é isso?! Sapatos? dois pares de ténis não te chegam??» sim, é o pensamento egoísta da maior parte da mente masculina.
Eu importava me com a tal da paixão assolapada do rapaz por aquela coisa, mas ele não suportava a ideia de amar a moda, de viver a moda, de (se fosse possível..) beijar a moda!! 
Isto tudo para dizer que os valores não estão trocados ou sequer em desordem. 
A minha opinião (que não me foi solicitada!), é publica. 

O carácter de cada um dita a forma como agimos em determinadas situações das nossas vidas. 
As posses de cada um..? Essas só ditam alguma coisa, conforme o carácter de quem as tem.


Prometo mais, e mais numa próxima !

KISS
   

com Débora Martins 

Sem comentários:

Enviar um comentário